Feedback, a importância de dar respostas ou o mais que lhe queiram chamar
Das situações que mais me transtornam atualmente, a falta de resposta por parte de um fornecedor é sem dúvida, a eleita. Um email rápido e objetivo, um seguimento ao pedido efetuado, uma informação sobre o selecionado “desaparecido” (cada vez mais comum) ou se existem ou não candidatos para o pedido de recrutamento “para ontem”, claro. Neste momento, o Feedback e o tempo que demoro a obtê-lo está no topo das características para ser o meu Top Supplier. Naturalmente não esqueci a qualidade do “produto” e o preço, mas de nada me vale ter um fornecedor que encontra um excelente candidato se ele não é avisado a tempo de uma alteração ou se as informações não lhe são bem transmitidas e eu acabo por perder o mesmo. Se o fornecedor de serviços de trabalho temporário não presta informações em tempo real sejam elas referentes à faturação ou sobre uma simples ausência desse “excelente” colaborador contratado, isto por si só aporta graves prejuízos na produção, para não mencionar de imagem e brio. O Feedback é cada vez mais um imperativo com influência imediata tanto na ação como com a rapidez de informação, que se precisa para trabalhar de forma estruturada mas também é uma das nossas necessidades mais básicas como seres humanos eminentemente sociais. E não. Isto não é só algo que está confinado às denominadas “novas gerações”: millennials, W, ou Z ou por causa dos transtornos de novos hábitos adquiridos, de postarmos uma fotografia nas redes sociais e no instante seguinte se contabilizar e ansiar por não se sabe quantos “gostos”, “comentários” ou afins. É mais do que isso, o Feedback vai à raiz do que nos torna humanos e vai sempre fazer parte das nossas necessidades básicas (para uns mais importante do que para outros, é certo). Este facto confere-lhe estatuto de ser uma das grandes fontes de motivação. Na atualidade que se estuda mais do que nunca a motivação humana e que, a teoria da “velha cenoura” já não chega (para nenhuma geração), nem mesmo os “escorregas” ou os “matraquilhos” serão suficientes (digo eu) para manter essa motivação ativa, sabe-se que o reconhecimento é um dos fatores que consegue manter os níveis de empenho mais altos, e esse mesmo reconhecimento não se refere ao mero bónus no final do ano. Refere-se à capacidade de Feedback das chefias. Constante, fluente e instantâneo. Não é necessária uma atitude “thumbs up” constante para as suas equipas, mas garantidamente uma “conversa” anual ou semestral também não vai servir o propósito! Tal como precisamos de um Feedback dos nossos interlocutores internos ou externos com um ponto de situação rápido que nos faça tomar decisões e agir, também precisam todos os colaboradores de uma direção rápida das suas chefias, que os guiem, que os façam sentir que estão no bom caminho, que os motivem e os façam sentir bem sobre o trabalho que estão a fazer mas que também os redirecionem no mesmo, caso seja necessário. Podem eventualmente não ser organizações com grandes meios financeiros ou estruturais para atingir os critérios de uma “Melhor Empresa para Trabalhar” mas existem formas “low maintenance” (rápidas, sem custos, que abarquem todo o tipo de empresas sejam elas mais tecnológicas ou ainda mais amigas do papel e tradicionais) com grande impacto na motivação das pessoas – O Feedback! A velha desculpa, que “temos é que trabalhar e não podemos perder tempo com essas coisas” já não é aceitável! As chefias, nomeadamente os líderes de equipas, têm que melhorar a sua perceção e assumir que são eles (fazendo inclusive parte da sua lista de tarefas incontornáveis) motivar e reter os seus colaboradores. Afinal, não custa assim tanto. O que importa é começar e criar essa cultura. Para as chefias mais “tímidas” ou ainda menos experientes ou sem rotinas de feedback porque não usar “notas de feedback instantâneo” para as suas equipas? (ou como muito interessante e recentemente ouvi numa conferência, usar também o “FeedForward”)? Os resultados são garantidamente extraordinários e a prática fará o mestre. Em relação a todos os outros… caros fornecedores e interlocutores de toda a espécie, o Feedback é uma questão de eficácia, profissionalismo e em última instância, educação. Escolham onde querem estar. Não se esqueçam de me dar feedback disto mesmo… Daniela Pinheiro Gestora de Recursos HumanosShare this post