Muito se tem falado acerca de Coaching nos últimos tempos, muitas têm sido a questões levantadas, alguns contra-sensos têm também sido proferidos, sobretudo devido à falta de informação criteriosa acerca deste poderoso processo de desenvolvimento pessoal e profissional.
Como em todas as atividades, encontramos profissionais perfeitamente alinhados com o seu propósito e missão, mas também profissionais onde tal não se verifica, pelo que, tal como acontece quando procuramos um médico de uma determinada especialidade, também aqui devamos procurar saber um pouco mais sobre o indivíduo, procurar referências no mercado e, obviamente, conhecer pessoalmente o profissional a fim de aferir a compatibilidade, o rapport entre ambos.
Tudo isto porque, fundamentalmente, um processo de coaching será tanto ou mais produtivo quanto o nível de qualidade da relação entre o Coach e seu cliente – o Coachee. Trata-se sobretudo de uma relação humana e profissional onde impera, ou pelo menos deveria imperar, a confiança e a integridade. Se não nos sentimos “seguros” com alguém, como vamos ser capazes de partilhar com essa pessoa as inquietações, os problemas, dilemas ou simplesmente aspetos, por vezes, muito pessoais da nossa vida?
Por parte do profissional, espera-se um profundo respeito pelo quadro de referência do cliente, não devendo coexistir confronto exacerbado com os valores do mesmo. Quando estamos perante tal incompatibilidade e conflito de ética e moral, não estarão reunidas as condições para um processo salutar, pelo que poderemos assistir à rejeição desse mesmo processo, por parte do Coach. Do mesmo modo, o Coachee poderá não sentir a “química” necessária para o desenvolvimento deste processo. São situações perfeitamente enquadradas, cujas decisões evidenciam a maturidade do profissional de desenvolvimento pessoal.
Não quero com isto dizer que nesta parceria, a que chamamos coaching, ambos os intervenientes tenham que ser semelhantes em termos de perfil psicológico, vivências, crenças e/ou sistema de valores… será, sim, essencial, a existência de respeito por todo o sistema que envolve o cliente, numa ótica de não-julgamento por parte do profissional de coaching, devendo estar presente uma conexão saudável e adequada, para que ambos sejam capazes de interagir de forma produtiva.
Ultrapassadas estas questões iniciais de afinidade, estarão reunidas as condições para alavancar rumo aos resultados pretendidos pelo cliente, onde o Coach assumirá um papel de facilitador, sobretudo no que respeita à tomada de consciência, à identificação do potencial, e/ou na obtenção ou reforço da auto-estima.
E como não há coaching sem objetivos, caber-lhe-á ainda a tarefa de auxiliar o cliente na definição de objetivos específicos, mensuráveis, exequíveis, realistas e temporizados, com o desenvolvimento de planos de ação adequados às características e situação do seu cliente. O Coach, enquanto estratega da mente, monitorizará a evolução das ações e a performance do seu cliente e, ao longo de todo o processo, irá inspirá-lo para que acione o seu potencial, irá desafia-lo a sair da sua zona de conforto. Com base no estudo que desenvolveu acerca do seu Coachee irá, ainda, utilizar as ferramentas mais adequadas à sua personalidade, às crenças ilimitadas e/ou limitadoras, aos seus sabotadores internos, à situação que está a vivenciar e ajudá-lo-á a desenvolver as suas próprias estratégias de motivação, a criar o seu novo mindset, a agir de uma forma mais consciente e consistente, mais alinhada e congruente com o seu Eu e numa ótica de superação pessoal e excelência.
O seu Coach irá ajuda-lo a encontrar a melhor estratégia, o caminho mais ajustado às suas necessidades, vai estimular o pensamento disruptivo e assim inspirá-lo a fazer acontecer… irá vibrar com cada conquista, com cada sucesso, vai ajuda-lo a manter o foco no que importa e pode controlar… mas isso, apenas, se você estiver genuinamente interessado em crescer!
Keep Growing!
Marta Teles
Life & Business Coach